terça-feira, fevereiro 13

Pontos

Faz um ano que não te vais embora. Quantas vezes preciso de te acenar, de te dizer um adeus definitivo. É um adeus tão sincero e tão fatal. «Foda-se! Vai-te embora!» digo-te eu embalado por uma banda sonora grandiosa, empolgante - cavalaria que não ajuda na tua fuga, mas no meu afundamento. Ah! e aí parto feliz com a tua imagem nas minhas costas, e tu andas até te lembrares em voltar. Sem destino que não seja o meu. Faz pause e retrocede. Acabou a música e a orquestra agradece. Voltas constantemente. Não há realizador que te dê um final. Triste ou Feliz. Narrador que termine a tua história. E eu sinto que preciso de ser salvo. Preencher essa página cheia de erros de sintaxe, de gramática, de construção. Continuas a ser ponto de interrogação num texto onde eu só te quero num ponto final, para acabar com os erros.

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